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Oferendas ou poluição?

Estamos chegando ao fim de mais um ano e Iemanjá se prepara para fazer faxina. Faxina? Sim. Pois nessa época do ano boa parte de nossos irmãos umbandistas e candomblecistas se dirigem à praia para ofertar a essa grande Orixá. Senhora de todos os Oris.
Até ai nada de mal. Ela merece e deve ser honrada. O problema está em como isso se faz. Imagine você no seu aniversário e todos os convidados jogando lixo na sua casa. Lixo sim. Pois garrafas, isopor, espelhos e pentes não possuem nenhum valor energético.
Todos esses materiais somente sujam as praias. E é um desserviço a religião. Como diremos aos leigos, que honramos a deus por meio da natureza se quando a ela vamos transformamos ela num lixão?  Você sinceramente acha que Iemanjá fica feliz com isso?
Pai Cleon de Oxalá, que realiza homenagens a Iemanjá há 35 anos, em Tramandaí, já não utiliza mais garrafas e plásticos.
– Antigamente, o mar levava tudo. Hoje, acho que os orixás já não estão mais aceitando as oferendas em função das barbaridades que estão fazendo em nome deles.
Mãe Stella do Ile Opo Afonja recentemente em entrevista disse que seu Candomblé não mais fará oferendas materiais nas festas a Iemanjá. Se ela, sendo quem é já recebeu esta consciência porque nós ainda não? 
Que tal trocar o isopor, a garrafa, o barquinho, por orações, cânticos, apresentações culturais a beira mar?  Ou melhor, porque não pegar todo esse dinheiro e levar uma ceia de ano novo para um pescador?  Com certeza Iemanjá vai ficar mais feliz e menos poluída.
Flores, eu as dou, mas estou pesquisando sua atuação dentro das águas. Será que os animais não as comem?  Ainda não sei. Estou pesquisando.
Em nome de Iemanjá eu peço, não polua, honre. Abaixo algumas fotos do Clic rbs sobre as praias em dias pós festas de Iemanjá.
Que Iemanjá agora com a casa limpa possa nos abençoar.

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