Não vou comentar sobre a gira de Malandros, nem sobre a alegria contagiante ou os ensinamentos deixados pela Maria Navalha, vou deixar para meditação e reflexão uma frase que Mãe Maria Padilha das Sete Catacumbas, entidade que trabalha na mediunidade da mãe de santo daquele terreiro, nos deixou.
Ela, dona Padilha, entre risadas e danças, uma delas inclusive contando com a participação de Zé, um gato branco lindíssimo, disse:
“A felicidade de vocês está numa corda amarrada numa arvore”.
Reconheço o susto que levei, e a iminente figura de uma forca que me veio à mente. Embora meu lado psicanalítico tenha dado inúmeros significados posteriores a isso, deixando meu inconsciente trabalhar, dona Padilha, que por sinal daria uma ótima psicanalista, nos disse o que transcrevo abaixo com algumas modificações pertinentes a minha péssima memória, contudo guardando o sentido das palavras por ela proferidas:
“Aposto que a maioria de vocês, se não todos, ao ouvir o que eu disse, logo imaginaram uma forca. Pois não era nisso que eu havia falado. Eu me referia a um balanço. Um balanço com o qual, os pés de vocês na terra, os impulsionam ao céu. Um balanço para reviver a alegria interna de cada, a nossa “criança interior”'.
Mãe Padilha disse ainda que:
“Cada um cria a realidade conforme a sua mente, o que está dentro de nós determina o que somos”.
Viu como ela daria uma boa psicanalista?
Passei a noite posterior a gira meditando a respeito da fala de Mãe Padilha e realmente somos reflexos do que criamos na nossa mente. Se focalizarmos nossa energia psíquica na forca, à forca nos encaminharemos. O contrário também é verdadeiro, se ‘alimentarmos’ a visualização no balanço até
ele caminharemos. Depende só de nós mesmos.
Sei que é difícil estar atento a tudo e filtrar todas as informações que nos chegam e que são infalivelmente armazenadas no nosso inconsciente, porém o processo de auto-analise deve ser efetuado com muita freqüência a fim de colocar para fora aquilo que está ali tão bem guardado. Só nos conhecendo intimamente saberemos nos guiar conscientemente a caminho do balanço que nos impulsiona aos céus.
Reitero meu agradecimento a Mãe Karol e a todos da TUIMCAJ que sempre me recebem de braços fraternos e acolhedores, agradeço a Mãe Padilha das Sete Catacumbas pelo valioso ensino e peço sua ajuda no astral para que eu possa colocá-lo em prática.
E você, para onde tem caminhado? Para a forca ou para o balanço. Ainda há tempo de mudar de caminho, os Exus estão nas encruzilhadas da vida esperando por você!